
Lições do Curso:
Lição 8 - Princípios de Interpretação Bíblica – Regra 5
Regra 5
Os exemplos bíblicos só têm autoridade prática quando amparados
por uma ordem que os faça mandamento universal.
Olá meus irmãos, graça e paz! Estão gostando das regras?
Ah! Esse princípio é um dos meus preferidos... Esse é ESPETACULAR!!!
ATENÇÃO ESPECIAL! – Esta regra é fundamental para:
- Exortar com a Sã Doutrina;
- Refutar heresias;
- Direcionar a prática espiritual em nossos dias;
- Separar os “mocinhos” dos “bandidos” e;
- Deixar com dor de cabeça líderes que não gostam de estudar.
Ao ler a Bíblia, fica evidente que você não está obrigado a seguir o exemplo de cada pessoa que protagoniza os acontecimentos nela encontrados. Por exemplo: O fato de Noé haver plantado uma vinha e ter se embriagado com o vinho do seu fruto (Gênesis 9:20-21), não indica que você deva fazer o mesmo. O fato de Jesus ter mandado dizer a Herodes:
Lucas 13:32
32 E lhes respondeu: Ide e dizei àquela raposa: eis que eu expulso demônios, e efetuo curas, hoje e amanhã, e, no terceiro dia, sou consumado.
Não nos autoriza mandar portadores com recados de afronta às autoridades.
Exemplos a serem imitados
As ilustrações supracitadas podem lhe parecer simplificadas demais, mas a Bíblia está repleta de exemplos dignos de imitação pelo crente de hoje. São exemplos aos quais devemos seguir, devido estar acompanhados de um mandamento bíblico. Mas, até em seguir os melhores exemplos, é exigido discernimento por parte do crente.
Tomemos por exemplo a pessoa de Jesus Cristo. Quem viveu como Ele e quem como Ele se constitui exemplo digno de ser seguido pelo crente? Contudo, nem tudo quanto Jesus foi e fez, devemos tomar como exemplo. Seguir-se-á logicamente que o mesmo critério deve ser seguido para o restante da Bíblia.
Por exemplo, Jesus andava usando vestes longas e alparcas. Normalmente andava a pé, montado em um jumentinho ou de barco. Jamais se casou, nem saiu dos limites do seu próprio país (exceto na infância, quando seus pais o levaram para o Egito). No entanto, esses exemplos particulares, de Jesus, não se constituem em mandamentos divinos para que você os obedeça. Por exemplo: Se o solteiro diz: “Se Jesus não se casou eu devo permanecer solteiro até morrer”, ele está analisando a questão de forma errada, pois a posição celibatária de Jesus não se constitui um protesto contra o casamento, pelo contrário. Segundo a Bíblia, casar ou não casar é uma opção pessoal do homem (1 Coríntios 7:7-9), e mais que isto; a Bíblia respalda tanto o celibato quanto o casamento.
Evitando excessos
Exemplos tirados da vida de Jesus ou da vida dos Seus seguidores, não apoiados por ordens, têm relativo valor.
1 – Um exemplo bíblico pode confirmar o que você pensa que o Senhor o está induzindo a fazer.
Voltemos à questão abordada na divisão anterior. Digamos que o jovem sinta que Deus quer que ele permaneça solteiro pelo resto da vida. Visto que a maioria dos solteiros sonha com o casamento, o jovem solteiro poderá sentir-se pressionado nesta direção também. Mas a convicção do rapaz ou da moça que o Senhor quer que ele permaneça solteiro, ainda que não seja um mandamento, é amparado biblicamente pelo fato de Jesus nunca haver se casado.
2 – Um exemplo bíblico pode ser rica fonte de aplicações à sua vida.
Suponhamos que lendo o Evangelho, você encontre registrado que Jesus;
Marcos 1:35
35 E, levantando-se de manhã muito cedo, estando ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava.
Depois de pensar e orar, você sente que Deus quer que você comece o dia orando ainda de madrugada. Esta seria uma aplicação apropriada, que sem dúvida beneficiaria a sua vida espiritual. Contudo, tomar esta aplicação, e tentar aplicá-la a outras pessoas, como se fosse um mandamento, foge do propósito bíblico. Evidentemente a Bíblia nos manda orar, quando diz:
1 Tessalonicenses 5:17
17 Orai sem cessar.
Mas isto não significa que devemos orar só ou principalmente bem cedo, de madrugada.
Evitando heresias - ATENÇÃO AGORA!!!
Atualmente, as “técnicas” para manter a igreja lotada chegaram às raias do absurdo ao ponto de transformarem em heresias. Leiam atentamente a esses dois versículos.
Atos dos Apóstolos 19:11-12
11 E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia maravilhas extraordinárias,
12 de sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saiam.
Líderes espirituais desinformados usam este texto para defender a distribuição de lenços “ungidos” dentro das igrejas partindo do pressuposto que Paulo também distribuiu e que nós devemos ser imitadores de Paulo assim como ele é de Cristo (1 Coríntios 11:1), com isso, podem tranquilamente distribuir “as vestes de Paulo” que na verdade só tem a dividir a fé das pessoas e gerar uma igreja fraca e frágil às investidas do Diabo. Diga-se de passagem, que isso é maligno e provém de pessoas acomodadas com relação ao estudo sistemático da Palavra de Deus.
Os Defensores do Evangelho contam um estudo para ser distribuído gratuitamente; “Ponto de Contato x Palavra de Deus”, você vai se aprofundar muito mais nesse assunto, você pode pedir um exemplar gratuito pelo Whatsapp ou pelo e-mail defensoresdoevangelho116@gmail.com.
Se aplicarmos de forma sistemática essa regra de interpretação os irmãos poderão perceber que não existe uma ordem de Deus que a faça mandamento universal e muito menos regra de prática para os nossos dias. Deus operou através das vestes de Paulo naquele momento e não ordenou a ninguém que fizesse. Mesmo porque Paulo não distribuiu nada (releia o texto), ele diz: “DE SORTE que até os lenços e aventais SE LEVAVAM”. As pessoas pegaram e Deus agiu naquele momento. A operação foi através da unção concedida a Paulo e não às vestes. Amém meus irmãos?
Isso serve para rosas, incensos, “cajado de Moisés”, suco de uva, sal, sabonete ou qualquer objeto distribuído dentro de qualquer igreja como sendo “ungido”. Mesmo porque matéria inanimada não adquire unção e objetos não tem poder intrínseco, ou seja, poder nele mesmo. Nem mesmo a Bíblia! Não adianta colocar a Bíblia na cabeça de uma pessoa possessa por um espírito maligno e mandar sair que o demônio não sai mesmo a não ser pela autoridade que há no Nome de Jesus.
Quando estudamos a Bíblia, devemos fazê-lo com cuidado para não restringirmos a liberdade espiritual quer nossa, quer dos outros. Desse modo, podemos falar como os teólogos puritanos do passado:
“A Bíblia é a nossa única regra de fé e prática[1]”
Escreva um comentário no Whatsapp sobre o que Deus falou no seu coração com esta quinta regra de interpretação.
Iremos responder a cada irmão que enviar. Logo depois confirmaremos sua presença.
Fiquem todos, na paz de Cristo!
[1] Henrichsen – Princípios de Interpretação Bíblica – Pág.: 23.