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Lições do Curso:

Lição 6 - Princípios de Interpretação Bíblica – Regra 3

 

            Meus amados, graça e paz! Tudo bem com os irmãos?

 

            Hoje veremos um princípio fundamental para o estudo de qualquer ferramenta que visa auxiliar na interpretação da Palavra de Deus. Sem mais demoras, vamos partir direto para essa maravilhosa regra. 

 

 

Regra 3

Dependa da fé salvadora e do Espírito Santo para a

compreensão e interpretação da Escritura

 

                 Esse princípio de número três marcou a mim, irmão Fábio seu tutor, de uma maneira especial. Em 1999, quando iniciei meu estudo na disciplina de Hermenêutica, eu tinha nove meses apenas de convertido, quando meu pastor João Francisco do Prado, hoje pastor da Igreja CMB - Comunidade Missionária Bereia em Piracicaba-SP, me apresentou a Hermenêutica Sagrada afirmando que essa disciplina seria um marco na minha vida espiritual. E ele estava certo! Acrescentou que a Hermenêutica, como os irmãos já sabem, trata de princípios de interpretação bíblica. Naquela oportunidade eu achei muito estranho e questionei comigo mesmo: - “Interpretar a Bíblia através de regras?” Eu tinha noção de que quem nos ajuda a interpretar a Palavra de Deus é o Espírito Santo, além do mais, Sagrada para mim, só a Bíblia.

                 Na minha cabeça intitular a Hermenêutica como “sagrada” era algo que fiquei com o pé atrás. Sempre fui meio que “caça-heresias”, estava sempre pronto para rechaçar qualquer coisa que venha a se colocar no mesmo patamar da Santa Palavra de Deus. (Risos) O grande detalhe é que eu estava diante de um homem separado por Deus para pregar Sã Doutrina; o Pr. Prado, que era muito mais “caça-heresias” do que eu!

                 

                 De imediato, me pus diante dele e perguntei: - Pastor Prado, não deveríamos buscar em Deus a correta interpretação das Escrituras? Ele me respondeu: - Claro que sim irmão Fábio, um dos primeiros princípios que um crente deve ter em mente para buscar a verdade de Deus expressa na sua Palavra é:

 

Dependa da fé salvadora e do Espírito Santo para a

compreensão e interpretação da Escritura.

 

 

                 Foi assim que conheci esse princípio. Irmãos! Para mim foi um maravilhoso e confortante alívio. Pensei: - “Agora sim! Posso mergulhar no estudo desta tão importante disciplina. Ela coloca em evidência o Espírito de Deus na interpretação da Bíblia como eu imaginava que deveria ser biblicamente falando e mais; ela se coloca em posição inferior a Bíblia. Claro!”.

                 Foi aí que, por fim, entendi que a Hermenêutica não é Sagrada em si, é intitulada assim pelo fato de nos auxiliar na interpretação da Bíblia, que é Sagrada.

                 

                 Graças a Deus por isso!

 

                 Vamos lá...

 

                 O cristão, não poucas vezes, fica perplexo diante do fato de que o homem natural não apenas rejeita a Palavra de Deus, mas até zomba dela, como coisa de menos importância quando o crente a aceita alegremente e de bom grado. Em face disto, muitas vezes o crente indaga: - “Por que o pecado rejeita a vontade de Deus, tão claramente expressa através da Escritura?”

 

                 Respondendo a esta pergunta, disse Jesus:

Mateus 13:15

15 Porque o coração deste povo está endurecido, e ouviu de mau grado com seus ouvidos e fechou os olhos, para que não veja com os olhos, e ouça com os ouvidos, e compreenda com o coração, e se converta, e eu o cure.

                 Dizendo por que isso acontece, escreve o apóstolo Paulo que:

2 Coríntios 4:4

4 nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.

                 

                 Isto é, o Diabo lhes tem cegado os olhos e fechado os seus ouvidos espirituais, para que não vejam as maravilhas do Senhor e ouçam a sua voz, e assim se convertam. Esta é a razão porque aquilo que na palavra de Deus brilha para o crente como o sol no seu maior fulgor, para o incrédulo é escuro como a noite.

 

 

Um fato triste

                 

                 Quando leio e penso sobre esta regra me vêm uma grande tristeza no coração. Quantas e quantas vezes eu tive que “debater” com irmãos na fé a cerca da importância de interpretarmos a Palavra corretamente e usando meios legítimos para tanto. O “debate” não era pela importância em si, mas pelo fato de que alguns acham que o crente que busca estudar a fundo uma disciplina como esta, assim como a filosofia, se torna um crente natural e não dá mais vazão ao Espírito Santo.

                 Uma pena! Estão redondamente enganados, haja vista a importância do ensinamento que esta regra nos passa. Percebi que as pessoas que pensam assim, são as que mais têm preguiça de pensar, são as que menos leem, tanto estudos no geral como com a própria Bíblia. São essas as mais suscetíveis a darem abertura para todos os tipos de heresias e, infelizmente, são as mais fracas para suportarem momentos difíceis de dúvidas e dificuldades que por vezes passamos. 

 

Com o cristão é diferente

                 Um cristão dedicado lê uma passagem da Escritura, e sua verdade se patenteia para ele. É muito simples e muito óbvio quando a explica com clareza ao seu amigo não crente, mas esse amigo não consegue compreender o seu significado. Faça o esforço que fizer, o cristão não pode comunicar a verdade a esse amigo da forma compreensível, como partilha das coisas de Deus com outro irmão na fé.

                 É como se houvesse uma barreira de separação entre eles. A questão consiste no fato de que o cristão tem a sua mente esclarecida e iluminada pela ação do Espírito Santo, enquanto que:

1 Coríntios 2:14

... o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.

 

O elemento miraculoso da Escritura

                 A Bíblia não só trata de milagres, a sua própria existência e mensagem é um milagre. E é por tentar entendê-la naturalmente, que o homem natural tropeça nela. Qual é a primeira coisa que eles fazem quando se acham diante da Bíblia? Tentam anular os seus milagres. Os eventos que acercaram a ressurreição de Lázaro em João 11, servem para ilustrar isso.

                 A repercussão que a ação miraculosa de Jesus em ressuscitar a Lázaro teve, prejudicou os interesses religiosos dos principais sacerdotes e fariseus, sendo assim, convocaram o Sinédrio; e disseram:

João 11:47-48

47 Depois, os principais dos sacerdotes e os fariseus formaram conselho e diziam: Que faremos? Porquanto este homem faz muitos sinais.

48 Se o deixamos assim, todos crerão nele, e virão os romanos e tirar-nos-ão o nosso lugar e a nação.

 

                 O ódio dos líderes religiosos de Israel contra Jesus, se mostrou mais agressivo à medida que viam as multidões acercando-se de Jesus, para vê-lo, e para ver a Lázaro a quem Ele ressuscitara dentro os mortos. Em face disto, os sacerdotes, alimentaram o interesse de matar a Jesus:

João 12:10-11

10 E os principais dos sacerdotes tomaram deliberação para matar também a Lázaro,

11 porque muitos dos judeus, por causa dele, iam e criam em Jesus.

                 

                 Para eles, não bastava matar o operador de milagres; o negócio era destruir o milagre também (hoje seria a “queima de arquivo” - destruição de provas). Isso é o que hoje tentam fazer, não só o homem natural, mas também eminentes teólogos liberais e neomodernistas.

 

A incondicional fé nas Escrituras

 

                 Pela fé salvadora e pela ação do Espírito Santo, elementos que só o crente possui, ele deposita fé incondicional naquilo que a Escritura diz, ainda que a mesma possa parecer um absurdo ao homem natural.

 

                 Um professor ateu estava tentando destruir a fé que os seus alunos tinham na Bíblia. Dava ênfase que Moisés e os filhos de Israel não atravessaram o Mar Vermelho a seco, acrescentando que eles passaram com uma profundidade de 15 centímetros de água.

                 Um rapazinho, na última carteira, para quem a história bíblica era familiar, arrematou com um bem alto “amém!”

                 O professor perguntou: - “Por que disseste amém? Isso não foi milagre”.

                 O rapaz respondeu que o milagre não estava em que o povo tivesse passado com água a 15 centímetros de profundidade, mas, sim no fato de Deus afundar o exército de Faraó numa água tão rasa[1].

 

                 Graças a Deus. Aqui jaz a importância de estarmos diuturnamente dependente do Espírito Santo de Deus para compreensão e interpretação das escrituras.

 

          Irmãos! A lição 7 (a próxima) é uma das mais importantes do nosso treinamento... Muitas pessoas caem em heresias por não conhecê-la. Estude-a com oração, atenção, em silêncio e com bastante calma. Ela será um marco na sua vida!

 
            Mais uma vez resuma o conteúdo e comente o que o Senhor falou em seu coração nesta lição e nos envie pelo nosso Whatsapp amém?

Iremos receber, analisar e logo depois confirmaremos sua presença.

 

                 Fique com o Senhor nosso Deus, a quem merece toda a honra e toda glória para todo o sempre amém!

 

[1] Mensageiro da Paz – Outubro de 1984

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