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Lições do Curso:

Lição 22 - Princípios Teológicos de Interpretação – Regra 3

 

Regra 3

Quando parecer que duas doutrinas ensinadas na Bíblia são contraditórias,

aceite ambas como sendo escriturísticas, crendo confiantemente

que elas se explicarão dentro de uma unidade mais elevada.

 

 

            Olá meus amados, penúltima lição! Louvado seja Deus...

 

            Prestem bastante a atenção! Concentre-se, se estiver com a cabeça cheia, estude-a mais depois, mas estude-a com zelo.

 

            Sabem de uma coisa? O sadio hábito do manuseio diário das Escrituras deve nos ensinar que as páginas da Bíblia, aqui, ali, acolá, contêm registros de fatos e verdades de difícil assimilação à finita mente humana. Reconhecendo isto, o crente deve ter a necessária humildade para prostrado diante do Senhor e de toda a ciência dizer: “Eu não compreendo isto, Senhor!”

 

            Dentre esses muitos paradoxos da Escritura, destacaríamos os seguintes:

 

1 – A Trindade Divina

 

            Não servimos a três deuses, mas sim, a um só Deus; contudo, cada Pessoa da Divindade é plena e completamente Deus; e não apenas um terço de Deus. Em essência podemos concluir que um mais um e mais um são um. Por mais esforço que se faça, nenhuma ilustração humana pode explicar satisfatoriamente este mistério teológico. Está inteiramente além da nossa compreensão.

Para uma explicação mais direta e completa solicite o estudo:

SANTÍSSIMA TRINDADE - Como pode haver três pessoas em um Deus?

 

            Pergunta Agostinho:

            “Quem compreende a trindade onipotente? E quem não fala dela ainda que a não compreenda? É raro a pessoa que ao falar da Santíssima Trindade saiba o que diz. Contendem e discutem. E contudo ninguém contempla esta visão sem paz interior”.[1]

 

 

2 – A dupla natureza de Cristo

 

            “A unidade da Divindade com a humanidade era essencial à constituição da Pessoa de Cristo. Segue-se, portanto, que Cristo é o Deus-homem. A Divindade e a humanidade se acham unidas Nele, ainda que não estejam misturados. Sua humanidade não é deificada, nem Sua Divindade humanizada. Isto é claramente impossível. A Divindade não pode tomar em sua essência qualquer coisa finita, e o homem é finito. A humanidade não pode ser absorvida na Divindade a ponto de fazê-la parte desta. As duas naturezas terão de permanecer sempre distintas, ao mesmo tempo em que a Pessoa de Cristo, formada pela união, será sempre uma e indivisível. Que Ele possua duas naturezas em uma só Pessoa é verdade, e sempre há de ser verdadeiro acerca do Messias. Temos de confessar que se trata de mistério; não é por causa disso, porém, que a doutrina deve ser rejeitada”.[2]

 

Posição de equilíbrio

 

            Quando as Escrituras deixam duas Doutrinas em aparente conflito, sem as conciliar, você deve fazer o mesmo. Quem busca resposta para todas as indagações de vida nunca se satisfará com o que sabe, viverá em constante tensão e perderá o equilíbrio. Portanto, não force as Escrituras a conciliar duas doutrinas “conflitantes”.

            

            Nossa lealdade não é primordialmente a um sistema teológico, seja defendido por quem quer que seja. Nossa lealdade deve ser primeiro a Escritura, por isso devemos evitar que ela diga além do que realmente diz.

            Na proporção que a Escritura fala com clareza, podemos falar com clareza, porém, quando ela fizer silêncio devemos fazer silêncio.

            Onde a Bíblia ensina duas doutrinas aparentemente “conflitantes”, devemos seguir o exemplo dela e sustentar ambas, mantendo cada uma em perfeito equilíbrio com a outra.

 

            Não sei em relação aos irmãos, mas isto me encanta. Ao mesmo tempo em que me encanta me faz sentir responsável, “verdadeiro” para com Deus e protetor de Suas verdades. Falhamos em tantas coisas, não podemos falhar na interpretação das verdades de Deus relatada nas Escrituras, principalmente quando estamos ensinando a alguém ou defendendo a Sã Doutrina do Senhor Jesus. Ele pagou um preço muito grande, para nós jogarmos no lixo tudo aquilo que ele comprou com Seu Sangue por nós.

            Devemos refletir sobre isso amém meus amados?

 

            Antes de me despedir gostaria de deixar um pensamento: - Estranho esse negócio de que a Bíblia pode ter, "conflitos" e "contradições" não é? Pode ser que algum irmão se sinta incomodado com isso. Mesmo porque muitos ateus usam uma lista de mais de 120 perguntas onde a Bíblia aparentemente se contradiz; é obrigação e responsabilidade dos Defensores do Evangelho responder a cada uma delas detalhadamente caso os irmãos possuam alguma dúvida. Colocamo-nos a inteira disposição para isso ok? Contudo indicamos o maravilhoso livro Manual popular de dúvidas, enigmas e contradições da Bíblia de Norman Geisler.

            Norman L. Geisler é deão do Seminário Evangélico do Sul (Southern Evangelical Seminary), em Charlotte, Carolina do Norte, EUA. É doutor em teologia, mestre em filosofia e autor e co-autor de mais de trinta livros.

 

            Gostaria de afirmar que a Bíblia não possui uma contradição sequer. Se aparentemente há, certamente há também uma má interpretação dos Textos Sagrados.

 

            A próxima lição é a última de nosso treinamento, a regra de número 4 (É o princípio que mais uso rsrsrs). Finalizaremos assim as lições. Passarei um pequeno “trabalho” de conclusão para ser entregue e emitiremos sua merecida certificação pela graça de Deus!

           Até lá...

           Fiquem na paz de Cristo!

Responda o questionário abaixo marcando “C” para Certo e “E” para Errado

Iremos receber, analisar e logo depois confirmaremos sua presença.

(     ) Quando parecer que duas doutrinas ensinadas da Bíblia são contraditórias, aceite ambas como sendo escriturísticas, crendo confiantemente que elas se explicarão dentro de uma unidade mais elevada.

 

(     ) O crente realmente espiritual compreende tudo quanto está na Bíblia.

 

(     ) Um dos grandes mistério registrados na Escritura, está a doutrina da Trindade Divina.

 

(     ) A dupla natureza de Cristo é fácil de ser explicada e compreendida até mesmo por uma criança.

 

(     ) Quando as Escrituras deixam duas doutrinas em aparente conflito, sem as conciliar, você deve fazer o mesmo.

 

[1] Agostinho - Confissões

[2] Bancroft – Teologia Elementar, pág.: 109

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