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Lições do Curso:

Lição 19 - Princípios Históricos de Interpretação Bíblica – Regra 5

 

Regra 5

Os fatos ou acontecimentos históricos se tornam símbolos de verdades 

espirituais, somente se as Escrituras assim designarem.

 

            Graça e paz meus amados! Muito feliz por vocês terem chegado até aqui em meio a tantas pessoas que priorizam “N” afazeres em detrimento ao estudo mais aprofundado de coisas concernentes a Deus. Estejam certos que Ele vai honrar cada um de vocês amém?

 

            O dicionário de Webster define “SIMBOLO” como “algo que representa ou lembra alguma outra coisa por relação, associação, convenção ou semelhança acidental; especialmente um sinal visível de uma coisa invisível”.

Releia atentamente para melhor assimilação.

 

            Embora saibamos haver diferença entre as palavras “símbolo[1]”, “tipo[2]”, “Alegoria[3]”, “símile[4]” e “metáfora[5]”, as mesmas se relacionam de modo bastante íntimo de forma a serem combinadas aqui. Esta regra se aplica a todas elas, dado que muitas vezes são usadas para designar sinais visíveis de alguma coisa invisível.[6]

 

Um exemplo do uso desta regra

 

            1 Coríntios 10:1-4 registra um dos melhores exemplos do uso feito pela Bíblia de um acontecimento histórico como símbolo de uma verdade espiritual. Declara o apóstolo Paulo na passagem em apresso:

1 Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem; e todos passaram pelo mar,

2 e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar,

3 e todos comeram de um mesmo manjar espiritual,

4 e beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo.

 

            Note que o texto bíblico aplica cada símbolo ao fato e pessoa simbolizados:

  1. A passagem dos israelitas pelo Mar Vermelho fala do batismo figurado;

  2. A Pedra da qual Israel bebeu é um tipo de Cristo.

 

            Fazer aquele texto bíblico dizer mais que Paulo realmente queria que dissesse só contribui para prejuízo do sentido literal da passagem. Por exemplo, dizer que o Mar Vermelho simboliza o sangue carmezim de Jesus Cristo, que oferece seguro caminho para Canaã celestial, é fazer interpretação imprópria da passagem supracitada.

 

Características de símbolos históricos

 

            Os símbolos históricos bíblicos devem satisfazer a pelo menos três condições básicas, como elementos de uma interpretação bíblica coerente.

 

1 – Um símbolo deve parecer de fato com a coisa que representa.

            Por exemplo, os sacrifícios de animais - o derramamento do sangue do Senhor Jesus. Assim, a imolação de animais no Antigo Testamento simbolizava e indicava o sacrifício expiatório de Cristo como elemento que assinalava o início de uma nova era do Novo Concerto.

 

2 – O símbolo deve ser indicado na Escrituram direta ou indiretamente.

            Hebreus 3:7;4:11 é um exemplo da explicação direta de um símbolo. O descanso prometido ao povo de Deus, sob a liderança de Moisés e de Josué, foi um tipo de descanso prometido a nós em Cristo. De fato, pode-se encontrar uma série completa de símbolos referentes a descanso. Os israelitas desobedientes não puderam entrar na Terra Prometida,[7] assim como a pessoa ímpia não pode entrar no descanso espiritual prometido por Cristo, a menos que abandone o seu pecado e se converta a Deus.

 

3 – Os símbolos não podem corresponder ao que prefiguram, em todos os seus detalhes.

            Por exemplo, muitos homens do Antigo Testamento são tipos de Cristo. José, Isaque e Moisés estão entre eles, mais nenhum deles jamais foi igual à Cristo em todos os seus aspectos.

 

            Essa é uma lição, de certa forma curta, mas muito profunda em importância!

 

            Irmãos, estamos chegando aos dias finais de nosso curso de Hermenêutica Sagrada. Entraremos agora no último grupo de regras de interpretação Bíblica, os maravilhosos quatro Princípios Teológicos.

            Os Defensores do Evangelho usam essas quatro próximas regras em 80% das nossas abordagens. Essas derrubam heresias uma atrás da outra! Pessoas com más intenções ficam sem ação quando essas são bem apresentadas.

            Preparem-se, pois um defensor da fé não pode deixar de tê-las na ponta da língua. 

            Até a próxima lição se assim o Senhor Nosso Deus nos permitir.

Respondam ao questionário abaixo no enviando apenas a palavra certa de cada questão amém?

Iremos receber, analisar e logo depois confirmaremos sua presença

[1] É o emprego de algum objeto material para evocar ideia de coisa espiritual moral.

[2] É a representação de pessoa ou transação futura na esfera espiritual ou religiosa por meio de transação, pessoas ou coisas do mundo material que tenham com elas certa correlação se analogia ou mesmo de contraste.

[3] É a narrativa em que as pessoas representam ideias ou princípios.

[4] Analogia, semelhança entre coisas diferentes.

[5]É a figura que se afirma o que alguma coisa é o que ela representa ou simboliza, ou que se compara.

[6] Henrichsen – Princípios de Interpretação da Bíblia – Pág.: 60.

[7] Hebreus 3:10-11

1 – Os fatos ou acontecimentos históricos se tornam (metáforas – símbolos) de verdades espirituais, somente se as Escrituras assim os designarem.

 

2 – De acordo com 1 Coríntio 10:1-4 a passagem dos israelitas pelo Mar Vermelho simboliza (o seu batismo – a sua rejeição) enquanto que a pedra da qual Israel bebeu é um tipo (do Espírito Santo – de Cristo).

 

3 – Um símbolo deve (parecer – contrastar) de fato com a coisa que representa.

 

4 – O símbolo deve ser indicado na (natureza – Escritura), direta ou indiretamente.

 

5 – Os símbolos (não podem – têm que) corresponder ao que prefiguram, em todos os seu detalhes.

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