Lições do Curso:
Lição 17 - Princípios Históricos de Interpretação Bíblica – Regra 3
Regra 3
Uma vez que as Escrituras se originam de modo histórico,
elas devem ser interpretadas a luz da história.
Meus amados graça e paz! Como estão todos vocês?
Animados para mais uma lição do nosso treinamento?
Irmãos, esta terceira regra não significa que tudo quanto há na Bíblia, possa ser explicado historicamente. Como revelação sobrenatural de Deus, é natural que ela contenha elementos que transcendem os limites históricos. Mas significa que o conteúdo da Bíblia é, em grande parte, determinado historicamente; portanto, na história encontra-se a sua explicação, os irmãos entenderam?
Questões a considerar
Ao começar o estudo de uma passagem da Escritura, imagine-se um investigador em busca de fatos e evidências, até mesmo os menores, que lhe possam levar a uma conclusão satisfatória. Para que isto se torne possível, levante as seguintes questões:
- A quem foi escrito o livro?
- Qual foi o quadro de fundo que motivou o escritor a escrevê-lo?
- Qual foi à experiência ou ocasião que deu origem a mensagem deste livro?
- Quem são os principais personagens do livro?
Posto isto, não se esqueça de que o seu objetivo é colocar-se no cenário do tempo em que o livro que está sendo estudado foi escrito, e sentir-se como os protagonistas da sua história.
Um exemplo a ser tomado
Para ilustrar a prática desta regra, lancemos mão da epístola do apóstolo Paulo aos Gálatas. Esta epístola diz respeito à controvérsia motivada pelos judaizantes, a qual levou ao concílio da igreja em Jerusalém (Atos 15).
Constitui um protesto contra a distorção do Evangelho de Cristo, causada pela ação dos judaizantes que seguiam após o Apóstolo Paulo, com o propósito de prejudicar o seu proveitoso ministério nas regiões da Galácia.
Muitos dos primeiros cristãos, por serem judeus, em grande medida continuaram a viver segundo os moldes judaicos, incluindo a frequência às sinagogas e ao templo e Jerusalém, oferecendo holocaustos, observando os rituais e norma dietéticos da legislação mosaica, e mantendo-se socialmente distantes dos gentios.
Porém, com o começo da adesão dos gênios à fé Cristã, isso colocou a igreja diante de diversas e importantes questões. Surgiram problemas como:
a) Deveria os cristãos gentios serem obrigados a submeter-se a circuncisão e a praticar o modo judaico de vida, conforme era exigido dos prosélitos gentios que entravam para o judaísmo?
b) Para o caso daqueles gentios cristãos que não estavam dispostos a tornarem-se totalmente judeus, deveria haver uma cidadania de segunda classe no seio da Igreja, como sucedia no caso dos “Tementes a Deus”, gentios, dentro do judaísmo?
c) E o mais importante de tudo: - Aquilo que torna um indivíduo cristão – é a fé em Cristo, com exclusividade, ou fé em Cristo mais a aderência aos princípios e práticas do judaísmo?
As respostas a essas questões, dadas pelos judaizantes (incluindo judeus e gentios que se tinham tornado judeus) insistiam sobre os moldes judaicos como algo necessário para os cristãos. Contra isto se insurgiu o apostolo Paulo, através da sua carta aos Gálatas, entre os quais a causa judaizante alcançou as suas maiores conquistas.
O tom da epístola é polêmico. Destaca-se nela a indignação, se bem que não se trata de ira motivada por um desabafo pessoal do apóstolo, mas sim de um fundamental princípio da fé em perigo. “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema” (Gálatas 1:8) Bradou o valente apóstolo Paulo ao censurar aos gálatas pela sua aceitação do erro disseminado pelo legalismo judaizante.
Gostaram meus irmãos de analisar uma pequena, porém importante passagem à luz das evidências históricas? É assim que esse maravilhoso princípio é aplicado. Tenha calma, releia a lição, memorizem; a segunda leitura é sempre muito mais esclarecedora do que a primeira, acreditem amém?
Vocês puderam reparar que iniciamos com a Hermenêutica para combater heresias em favor da Sã Doutrina e passamos agora pela parte de análise do Texto Sagrado para um melhor entendimento.
Entender o fundo histórico ajuda a compreender e a interpretar a epístola aos Gálatas, ou qualquer outro livro que compõe as Escrituras. Esse tipo de abordagem do livro terá resultados positivos e lhe suprirá de meios necessários a uma interpretação adequada de qualquer passagem da bíblica que você estudar.
Louvado seja Deus!
Um pequeno comunicado!
A partir da semana que vem finalizaremos os princípios históricos de interpretação bíblica. Só faltam mais 4 regras de um total de 23 Lições, porém são as que mais uso na defesa da fé. Se preparem para receber informações riquíssimas jamais vistas em cursos de teologia, (não da maneira que será apresentada) e finalizaremos nosso treinamento com o trabalho final de conclusão do curso entendido? Isso quer dizer que em mais 3 semanas estaremos formados no Módulo I de Defesa da Fé e Sã Doutrina - Hermenêutica Sagrada para honra e glória no nosso Deus!
Fiquem todos com Jesus...
Mande-nos em nosso Whatsapp o que você entendeu por esta lição ou o que o Senhor falou em seus corações.
Iremos receber, analisar, responder e logo depois confirmaremos sua presença.