Lições do Curso:
Lição 16 - Princípios Históricos de Interpretação Bíblica – Regra 2
Regra 2
É impossível entender um autor e interpretar corretamente suas
palavras sem que ele seja visto à luz de suas
circunstâncias históricas.
Graça e paz queridos! Peço aos amados irmãos muita atenção para entender esse importante princípio.
Entenda-se por “circunstâncias”, tudo aquilo que não faz parte da vida normal de uma pessoa, mas que esta é levada a participar com o povo de sua época. Particularmente quanto aos escritores da Bíblia, eles estiveram sujeitos a circunstâncias geográficas, políticas e religiosas; fatos que influíram sensivelmente nos seus escritos.
1 – Circunstâncias Geográficas
As circunstâncias climáticas e geográficas em geral influenciaram o pensamento, a linguagem e as demais reações do autor, deixando marcas disso nas suas produções literárias. Daí, a necessidade do estudante e intérprete da Escritura evidenciar algum conhecimento de geografia bíblica. Aqui entra a importância de conhecer o caráter das estações, os ventos e as funções, a diferença de temperatura nos vales, nas regiões montanhosas e no cimo das montanhas, do conhecimento dos produtos do campo, de suas árvores, arbustos e flores, grãos, vegetais e frutas; seus animais, tanto selvagens como domésticos; seus insetos nativos e suas aves. Algum conhecimento de geografia bíblica ajudará o estudante a localizar montanhas e vales, lagos e rios, cidades e vilas, estradas e planícies.
Por exemplo:
Há alguma importância em saber que Moisés escreveu o Pentateuco durante a peregrinação de Israel no deserto? Que Josué escreveu o seu livro em meio às batalhas de conquista de Canaã? Que Daniel escreveu o seu livro, quando cativo na Babilônia? Que Paulo escreveu grande número de suas epístolas em cadeias e fora de sua pátria, durante duas viagens missionárias? Sim! Aqui jaz a importância fundamental de se conhecer as circunstâncias geográficas sob as quais se encontravam os escritores da Bíblia amém meus irmãos?
2 – Circunstâncias Políticas
As condições políticas de um povo também deixam profunda impressão sobre a sua literatura. A Bíblia contém ampla evidência disto, o que obriga o intérprete da Escritura a ter algum conhecimento da organização política das nações mencionadas no texto bíblico. Sua história nacional, suas relações com outras nações e suas instituições políticas devem ser objeto de cuidadoso estudo. Atenção particular deve ser dada às mudanças políticas de Israel.
Qual leitor da Bíblia, que ignorando as circunstâncias políticas sob as quais se achava o apóstolo Paulo, pode compreender 1 Coríntios 12:3?
1 Coríntios 12:3
3 Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema! E ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo.
Hoje é fácil para qualquer pessoa confessar que Jesus é o Senhor. Porém, nos dias de Paulo era diferente. A situação política e as leis do império romano diziam que só César era o senhor. Assim, qualquer outra pessoa que fosse proclamada “senhor” seria despojada dos seus bens, enquanto que alguém que se atrevesse proclamar “senhor” a outra pessoa que não César, seria morta. Por isso, tendo em vista essa circunstância política particular, documenta o apóstolo Paulo que ninguém pode dizer que Jesus é o “Senhor” a menos que tenha coragem da parte do Espírito Santo para fazê-lo.
Muito forte isso meus irmãos!!!
3 – Circunstâncias Religiosas
É de se esperar que qualquer estudante da Bíblia se lembre que a vida espiritual de Israel sempre teve altos e baixos, desde o período dos juízes até a sua total dispersão no primeiro século da nossa era.
Alvo das incontáveis promessas de Deus, feito mordomo da verdadeira religião e berço das mais elevadas revelações divinas, Israel, em sucessivas etapas de desobediência, se faz indigna da vocação para a qual foi chamada pelo Senhor. Tudo isso exerceu indiscutível influência juntos aos escritores e grandes personagens da Bíblia contemporâneos do declínio espiritual de Israel. Como esconder o zelo de Elias em meio à extrema idolatria da casa real de Israel, e, abafar os gemidos e lágrimas de Jeremias face à obstinada rebeldia da Israel dos seus dias?
Dica especial do seu tutor (Irmão Fábio):
Incrível como o conhecimento é irresistível não é mesmo? Buscamos sempre aprender mais de Deus e, quando chegamos a aumentar nossos conhecimentos para moldar nosso comportamento cristão, nossa mente abre ainda mais e percebemos que ainda temos um longo caminho de aprendizado pela frente.
Colocar essa lição em prática não exige apenas desejo e necessidade, exige um estudo muito vasto dos três pontos mencionados nessa lição. Essa regra de interpretação é muito rica nesses dois sentidos:
1 – Aplicabilidade para uma correta e clara interpretação dos textos Sagrados e;
2 – Conhecimento agregado pela necessidade de nos aprofundar mais no que tange a circunstâncias geográficas, políticas e religiosas.
Espero que tenham gostado para a glória do nosso Deus.
Lembrete: Após os três próximos princípios históricos de interpretação da Bíblia que nos resta iremos para as últimas quatro regras dos Princípios Teológicos de Interpretação da Bíblia que, diga-se de passagem, são as quatro regras mais utilizadas no nosso dia-a-dia para defendermos a Bíblia contra heresias oriundas da má interpretação da Palavra.
É como diz o hino (louvor): “O melhor de Deus ainda está por vir”!
Fiquem todos na paz de Cristo e até a próxima!
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Responda no Whatsapp colocando o numero da questão e a letra escolhida correspondente as alternativas corretas.
Iremos receber, analisar e logo depois confirmaremos sua presença aqui.
1 – Das seguintes, não foi uma circunstância à qual o escritor bíblico esteve sujeito, à luz da qual não se deve estudas as suas palavras:
a) Circunstâncias Geográficas
b) Circunstâncias Teológicas
c) Circunstâncias Políticas
d) Circunstâncias Religiosas
2 – O estudo das circunstâncias geográficas, às quais esteve sujeito o escritor de um livro da Bíblia, envolve conhecimento:
a) Geografia bíblica
b) Do caráter das estações
c) Da localização das cidades, vilas e etc.
d) Todas as alternativas são corretas
3 - O estudo das circunstâncias políticas, sob as quais esteve o escritor de um livro da Bíblia, devemos dar atenção especial às mudanças políticas.
a) Do Egito
b) Da Síria
c) De Israel
d) De Roma