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Lições do Curso:

Lição 15 - Princípios Históricos de Interpretação Bíblica – Regra 1

 

 

            Irmãos, graça a paz da parte de Cristo a todos... Estamos chegando próximo ao final de nosso treinamento.

 

Dica:

Aconselhamos vocês a estarem em dia com as lições, isso contribui para uma melhor assimilação do conteúdo, pois dá tempo de realizá-la e meditar no que o texto nos ensinou. 

Quando estamos atrasados, corremos para colocar em dia as lições e isso atrapalha significativamente o seu aprendizado no sentido de lembrar-se da regra e colocá-la em prática quando preciso.

 

            Vamos lá!

 

            A Bíblia é acima de tudo um livro de história com fatos. Ela registra a história de Deus, da criação, do homem, da queda e do propósito redentor de Deus. No Antigo Testamento sobressai a história de Israel, o povo escolhido e vocacionado por Jeová, para uma missão especial no mundo. Já o Novo Testamento registra a história de Cristo, Seu nascimento, ministério, rejeição, morte, ressurreição e glorificação. Registra ainda a história da marcha triunfal da igreja, desde o seu nascimento no dia de Pentecoste, até a glorificação total a ter lugar na consumação dos tempos.

 

            Com esses fatos ausentes da mente, o estudante e intérprete das Escrituras, correm o sério risco de interpretá-las de qualquer outra forma, menos da forma legítima de fazê-lo. Portanto, ao se propor dar interpretação histórica à Escritura, nós temos que ter na lembrança os cinco princípios que se segue nas próximas lições.

 

 

Regra 1

Uma palavra nunca é compreendida completamente até que

se possa entendê-la como palavra viva, isto é,

originada na alma do autor.

 

            Na interpretação histórica de um livro, é natural que se pergunte em primeiro lugar: Quem foi o autor? Alguns dos livros da Bíblia mencionam seus autores; outros não. Daí a importância da pergunta: Quem foi seu autor? Mesmos que isso seja considerada apenas uma questão de nome, nem sempre é fácil responder. Em conexão com a interpretação histórica da Bíblia, a questão envolve mais do que isto.

 

Conhecer bem o autor

 

            O mero conhecimento do nome do autor humano de um livro bíblico não oferece ajuda material ao intérprete da Escritura. Ele deve ir além, procurando conhecer o auto, isto é, seu caráter e temperamento, sua disposição e habitual modo de pensar.

            Deve esforçar-se por penetrar no círculo íntimo da sua vida, a fim de poder entender, tanto quanto possível, os motivos dominantes de sua vida e assim obter sua vontade e ações na visão interior de seus pensamentos. É desejável que o interprete conheça alguma coisa a respeito da profissão do autor, pois esta pode exercer poderosa influência sobre as atividades e linguagem do homem.

 

            “É suficiente falar-se no marinheiro, no soldado, no comerciante, no operário, no clérigo e no advogado para se reconhecer quão diferentes tipos de homens eles são, tendo cada um o seu modo habitual, suas expressões familiares, suas imagens familiares, seu modo favorito de ver as coisas - numa palavra, sua natureza especial.”[1]

 

Associando-se com o autor

 

            A melhor maneira de se conhecer uma pessoa é associando-se com ela. Assim também, a melhor maneira de se conhecer o autor de um livro é estudando diligentemente os seus escritos, prestando especial atenção aos mínimos aspectos da sua escrita. Por exemplo: quem quiser conhecer Moisés, deve estudar o Pentateuco, especialmente passagens como:

Êxodo 2:4 – 16:15-19 – 33:11 – 34:5-7, Números 12:7-8, Deuteronômio 34:7-11, Atos 7:20, Hebreus11:23-29. Quem quiser conhecer o apóstolo Paulo deve dar especial atenção a passagens como: Atos 7:58 – 8:1-4 – 9:1-2;22;26 – 26:9 – 13:46-48, Romanos 9:1-3, 1 Coríntios 15:9, 2 Coríntios 11 - 12:1-11, Gálatas 1:13-15 – 2:11-16, Filipenses 1:7-8;12-18 – 3:5-14, 1 Timóteo 1:13-16.

 

Quem é que fala?

 

            Outra questão a considerar é: Quem é que fala? A consideração desta questão é importante devido ao fato de que os autores bíblicos frequentemente apresentam outros como as pessoas que falam. Por isso, é de grande valor que o estudante da Bíblia distinga claramente entre as palavras do próprio autor e as palavras doutras pessoas que ele registra. Principalmente nos livros históricos essa diferença é acentuada, de sorte que o estudante não corre grande risco em se perder deste detalhe. Apesar disto, há exceções. Por exemplo, é muito difícil determinar se as palavras encontradas em João 3:16-21 foram ditas  pelo próprio Jesus a Nicodemos, ou se foram uma explicação dada pelo apóstolo João, autor do citado Evangelho. Já nos profetas, as mudanças rápidas do humano para o divino são, em geral, facilmente reconhecidas pela mudança da terceira para a primeira pessoa gramatical.

            Estude e busque compreender o que foi dito nas seguintes referências:

            - Oséias 9:9-10

            - Zacarias 12:8-10;14:1-3

            O escritor do livro deve ser considerado a pessoa que fala até que apareça evidência expressa em contrário.[2] E quando o intérprete sabe quem é que fala, pode utilizar-se desse conhecimento para melhor compreensão dessa pessoa e do propósito dos seus escritos. Pessoas como Abraão, Isaque, Jacó, José, Samuel, Jó e seus amigos, e classe de pessoas como fariseus, os saduceus e os escribas devem ser objetos de estudo especial. Quanto melhor eles forem conhecidos, melhor entendidas serão suas palavras.

 

          Amém meus amados? Dê mais uma lida e busque memorizar amém?

 

Assinale "C" para CERTO e "E" para ERRADO nas alternativas baixo.

Iremos receber, analisar e logo depois confirmaremos sua presença aqui.

(      ) Uma palavra nunca é compreendida completamente até que se possa entendê-la como palavra viva, isto é, originada na alma do autor.

(      ) Na interpretação histórica de um livro, é impróprio se perguntar quem é seu autor.

(      ) O mero conhecimento do nome do autor humano de um livro bíblico não oferece ajuda material ao intérprete da Escritura.

(      ) A melhor maneira de se conhecer uma pessoa é estudando os seus escritos.

(      ) É desejável que o interprete conheça alguma coisa a respeito da profissão do autor, pois esta pode exercer poderosa influência sobre as atividades e linguagem do homem.

(      ) A pior maneira de se estudar o autor de um livro é estudando os seus escritos, prestando a atenção aos mínimos detalhes de sua escrita.

(      ) O escritor do livro deve ser considerado a pessoa que fala até que apareça evidência expressa em contrário.

Fiquem com Jesus e até a próxima se assim o Senhor Nosso Deus nos permitir.

 

[1] Elliot, citado por Berkhof, em Princípios de Interpretação Bíblica, Pág.: 122

[2] Berkhof, em Princípios de Interpretação Bíblica, Pág.: 125

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